A LOUCURA DOS QUE NÃO CREÊM! parte III

Deus realmente existe

As Escrituras não procuram, em nenhum ponto, provar a existência de Deus. Ela apenas o admite. Os santos do Antigo e do Novo Testamento que falaram inspirados por Deus não diziam que acreditavam em sua existência, mas que o conheciam – o que depreende bem mais. Com certeza, o conhecimento de Deus, conforme a Bíblia, é algo diferente do conhecimento científico baseado nos sentidos.

Mas, então, para que tentar provar a realidade de Deus?

Em primeiro lugar, porque muitos são sinceros em suas dúvidas.

É verdade que alguns não querem crer e, por isso, procuram desculpas para sua atitude. Outros querem acreditar sim, mas, infelizmente, encontraram diversos motivos para não fazê-lo. É aí que entramos com a evidência.

Em segundo, porque tudo aquilo que fortalece a nossa fé é útil. É por isso que muitos buscam provas, não para crerem, mas porque já crêem.
 

E em terceiro, porque esta é uma maneira de estarmos conhecendo um pouco mais da natureza de Deus e, com certeza, isso é algo bom e recomendável.

1. A criação

Alguém que ainda não tenha lido a complicada teoria de Darwin achará óbvio a existência de um Criador. Toda criação pressupõe um criador. Esta maravilha toda não pode ter surgido por acaso. Como já disse alguém: “Faz tanto sentido concluir que o cosmo é o mero resultado de uma explosão quanto achar que um livro pode surgir da explosão de uma gráfica”. Independente do que digam os ateus ou os cientistas, a criação é uma prova inegável da existência de Deus. “Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder quanto a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis” (Rm 1.20).

2. Desígnio e ordem

O Universo não apenas existe, mas existe com ordem, com desígnio, com evidências de uma inteligência criadora. A ordem no Universo mostra que ele fora criado com inteligência e com propósito, não surgiu e se tornou o que é por mero acaso. “Ele fez a terra pelo seu poder; ele estabeleceu o mundo pela sua sabedoria e com a sua inteligência estendeu os céus” (Jr 10.12). Um mero sacerdote do século VII a.C. percebeu e registrou isto de forma poética e inspirada, mas os céticos modernos se recusam a aceitar o óbvio.

“Galeno, célebre médico de inclinações ateísticas, depois de ter feito a anatomia do corpo humano, examinando cuidadosamente seu arcabouço, visto quão adequada e útil é cada parte, percebido as diversas intenções de cada pequenino vaso, músculos e ossos, e a beleza do todo, viu-se tomado pelo espírito da devoção e escreveu um hino ao seu Criador”.12





3. Senso comum

“Visto que o que de Deus se pode conhecer, neles (nos homens) se manifesta, porque Deus lhes manifestou” (Rm 1.19).

Desde o Iluminismo, a “crença” dos incrédulos era que, à medida que o conhecimento científico fosse aumentando entre a população, a religião entraria em decadência. Engano. O contrário sim, é verdade. E isso é testemunhado pelas próprias estatísticas.

Embora um ateu rejeite isso como prova, a verdade é que a própria natureza humana é um inegável testemunho a favor da existência de um ser supremo. Em todos os povos e em todas as épocas, a idéia de um Ser supremo sempre esteve presente, independente do grau de desenvolvimento. Mas não havia ateus materialistas? Sim, mas em um grau tão pequeno que não passavam de exceções confirmando a regra. Podemos até afirmar que o ateísmo é antinatural, é contra o comportamento e a noção comum do ser humano.

“No início do século XX acreditava-se que quanto mais o mundo absorvesse ciência e erudição menor seria o papel da religião. De lá para cá, a tecnologia moderna se tornou parte essencial do cotidiano da maioria dos habitantes do planeta e permitiu que até os mais pobres tivessem um grau de informação inimaginável 100 anos atrás. Apesar de todas essas mudanças, no início do século XXI o mundo continua inesperadamente místico. O fenômeno é global...” (grifo do autor).13

Os ateístas apresentam páginas e páginas de teorias para negar a existência de Deus. Mas todas elas despedaçam-se diante dos fatos. A crença do homem em Deus pode até ser confundida, mas a realidade mostra que jamais pôde ser apagada. Sobre isso se pronunciou o teólogo Evans:

“O homem, em toda parte, acredita em um Ser supremo ou seres a quem é moralmente responsável e a quem necessita oferecer propiciação. Tal crença pode ser crua ou grotescamente representada e manifestada, mas a realidade do fato não é mais inválida por tal crença do que a existência de um pai é invalidada pelas cruas tentativas de uma criança para desenhar o retrato de seu pai”.14

Raciocínios fúteis e corações insensatos

No decorrer da história cristã, os teólogos desenvolveram enormes argumentos filosóficos e naturais para provar a existência de Deus. Muitos desses argumentos apresentam uma profundidade de pensamento impressionante. Só por esse aspecto é fácil concluir que o conhecimento natural não é, de forma nenhuma, inimigo do conhecimento de Deus. O que impede muitos eruditos de admitir esta verdade é o orgulho e a presunção, pois, em verdade, não existem barreiras intelectuais reais que os impeçam de admitir-se a existência de Deus. Sobre isso, deixamos a palavra de Paulo, o sábio e erudito apóstolo que lançou os fundamentos da teologia cristã.

“Pois tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes seus raciocínios se tornaram fúteis, e seus corações insensatos se obscureceram. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos” (Rm 1.21,22).

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