Um estudo apresentado pela associação
de comunicadores cristãos, National Religious Broadcasters (NRB), sediada nos
Estados Unidos, aponta que existe uma tendência crescente a censurar questões
religiosas na internet, especialmente em relação ao cristianismo.
O informe tem um nome complicado:
“True Liberty in a New Media Age: An Examination of the Threat of
Anti-Christian Censorship and Other Viewpoint Discrimination on New Media
Platforms” [Liberdade Verdadeira numa Nova Era Midiática: Análise da Ameaça da
Censura Anticristã e da Discriminação de outras opiniões nas Novas
Plataformas]. Mas a conclusão é que há fortes indícios disso, principalmente
nas empresas Google, Apple, Facebook e Twitter.
A parte final mostra preocupação com
os grandes grupos que hoje dominam a internet: “Nossa conclusão é de que as
ideias e outros conteúdos religiosos cristãos enfrentam um perigo claro de
censura nas plataformas de comunicação baseadas na rede”. Afinal, algumas
empresas já proibiram abertamente conteúdo cristão, enquanto outras
estabeleceram diretrizes que podem levar à censura. Veja os destaques:
A Apple já bloqueou vários
aplicativos de conteúdo cristão na loja iTunes. A primeira vez foi em março de
2011, quando censurou o material da Exodus International, ministério que se
dedica a ajudar homossexuais a mudar seu estilo de vida. A empresa de Steve
Jobs considerou o material ofensivo e disse que “violava suas diretrizes”.
Em julho de 2011, a Apple retirou da
loja iTunes o material da Christian Values Network, portal que financia
organizações de caridade. O motivo seria as reclamações recebidas de que
algumas organizações assistenciais tinham posturas fundamentalistas e se
posicionavam contra os direitos dos homossexuais.
O estudo conclui que a chamada
“política de conduta da Apple” não usa os mesmos critérios quando se trata de
humor ou comentários políticos, que desfrutam de privilégios mesmo que possam
ofender determinados grupos. Existem mais de 420 mil aplicativos e apenas os
cristãos foram censurados.
Segundo o relatório, o site de buscas
do Google se negou a veicular um do Christian Institute, justificando que tem
“a política de não permitir publicidade relacionando a aborto e religião”.
O Christian Institute processou a empresa, porém, o Google ainda bloqueia
qualquer anúncio que contenha frases como “o aborto é assassinato” ou
similares.
Existem produtos e promoções que não
são oferecidos a igrejas, grupos religiosos ou organizações que levem em
consideração a religião ou orientação sexual ao contratar seus empregados. Além
disso, a NRB afirma que quando operou na China com uma versão local, o Google
mostrou concordância em cooperar com o governo para bloquear listas de palavras
relacionadas com grupos religiosos.
O informe da NRB cita ainda o que
disse Scott Cleland, ex-subsecretário adjunto norte-americano para Políticas de
Informação e Comunicação. Segundo ele, “o Google rejeita os valores
tradicionais judaico-cristãos”. Recentemente, dois ministérios evangélicos
alegaram terem seus vídeos retirados do Youtube (que pertence ao Google) por
exibirem “mensagem de ódio”. Na verdade, eram vídeos falando contra o aborto e
o casamento gay.
“Na semana passada, o YouTube proibiu
uma mensagem do rabino ortodoxo Yehuda Levin porque ele criticou o movimento
pelos direitos dos gays”, disse Craig Parshall, vice-presidente da NRB.
Novamente, a justificativa foi “discurso do ódio”.
Ainda segundo o informe, o Facebook
proíbe “conteúdo religioso incitante e agendas político-religiosas” e também
aplica censura, apagando comentários anti-homossexuais e mantem parcerias com
organizações que promovem o estilo de vida LGBT.
O Twitter é quem possui o controle
menos rígido, mas possui a definições muito confusas do que consideram
“discurso do ódio”, usando um filtro para que certos termos não entrem nos
Trending Topics, assuntos mais comentados do momento.
Por fim, os provedores de serviços de
internet Comcast, AT&T e Verizon também violam a liberdade de expressão e
suas normas permitiriam censurar qualquer conteúdo cristão, afirma o estudo.
Fonte: CBN e Charisma News
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